Desde 2005 eu trabalho com internet. Quando você escutar alguém comentar a famosa frase “quando eu comecei nessa internet, só tinha mato!”, você pode automaticamente se lembrar de mim. É a minha realidade. Comecei há tempos e muita coisa mudou – assim como houve o que continuasse parecido ou até mesmo igual.
Por isso, é engraçado eu chegar assim, depois de meses que não tem uma única publicação por aqui. A gente aprende com a prática e com os aprendizados, que isso não se faz, mas, para mim, o Passaneura nunca foi um trabalho e sim um local para relaxar – mesmo que, muitas vezes, eu tenha passado dos limites e trabalhado demais nesse meu cantinho. Então não há motivos para seguir regrinhas ou mesmo utilizar estratégias, pois o único objetivo é conversar com quem ainda estiver aí para ler.
Eu estou viva
Por várias vezes eu pensei na possibilidade de alguém pensar que eu havia morrido. Eu sumi. Eu fiz um detox. Me distanciei de tudo. Quis fazer um reset em tudo e focar no que realmente importava – e, dentre essas coisas, sempre esteve o meu trabalho e a minha saúde mental.
2017 não foi um ano fácil. Foi um ano que irá marcar a minha vida para sempre. 2017 foi o ano que me fez aguardar 1 ano e meio para falar sobre ele e sobre o que aconteceu. 2017 foi o ano que fez os meus objetivos mudarem e a minha visão de mundo mudou – completamente. Foi o ano que eu vi que o material não importa. Que a vida é curta e que a gente precisa correr atrás do que importa. Eu aprendi que o deixar para depois pode ser um deixar para lá pelo resto da vida.
Em agosto do ano passado eu fui assaltada à mão armada. Ter uma arma apontada para a barriga, cabeça e se ver em frente à morte não é fácil. Perder todos os bens materiais é o de menos, o trauma é que é o problema. É uma experiência transformadora. Você muda a forma de enxergar o mundo e o ocorrido mudou a minha forma de ver tudo. Eu não ando de carro da mesma forma. Eu não saio de casa da mesma forma. Eu não respiro da mesma forma.
Por que eu demorei tanto para falar sobre o assunto? Porque até poucos meses, apenas dois membros da minha família sabiam do acontecido. Eu simplesmente não quis preocupar ninguém. Agora eu tenho que tratar a minha ansiedade? Claro e isso é um divisor de águas: pois me ajuda muito.
Fui embora
Já 2018 foi um ano intenso. Escrevi livros. Trabalhei com novos projetos e me desafiei. Porém, o maior desafio e aventura foi ter ido embora. Passei três meses morando na Islândia e, atualmente, voltei para o Brasil apenas para organizar mais algumas coisas e voltar para casa nos primeiros meses do próximo ano.
Pretendo voltar
Quando a minha ansiedade permitir – e a correria, claro -, eu irei voltar a atualizar aqui. Com a leveza de sempre, isso é óbvio. O meu eu de amanhã sempre é incrível, pois eu sempre falo “farei isso, isso e isso”. A vontade é fazer 1000 coisas, mas a energia não é a mesma – seja pela ansiedade, pelo cansaço mental e físico.
Queria dar um update sobre mim: que eu estou viva e bem 🙂 Peço desculpas por não ter falado nada sobre a minha mudança, ou abordado qualquer coisa aqui, mas é que eu sou o cúmulo de reservada e um caso de stalking complica bastante a minha vida também.
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