O Adeus de Gisele Bündchen. Ou seria um “até breve”?

 

O assunto do momento é a aposentadoria de Gisele. Ela apenas vai deixar de desfilar – e para falar a verdade, essa é a parte menos rentável na vida de qualquer modelo.

Gisele não está nada decadente e muito menos velha para profissão. Ano passado, ela assinou o contrato mais rentável de toda sua carreira e por conta disso, muitos dizem que ela está no auge, ao contrário do que faz parecer essa “despedida da passarela”.

O contrato em questão é com a marca esportiva e super cool Under Armour. Especula-se que Gisele irá abocanhar APENAS 275 milhões dólares ao longo de dez anos. Ou seja, gentchy, nada de aposentadoria.

Com esse contrato, Gisele se iguala aos gigantes do esporte, como, por exemplo, Michael Jordan, David Beckhanm, Cristiano Ronaldo e Ronaldo – entre outros também riquíssimos. Normalmente as marcas esportivas buscam superatletas como seus garotos-propaganda e isso a coloca em um lugar ímpar.

O Efeito Gisele

Assim que a marca anunciou a contratação as suas ações subiram.

Curiosidade: A Under Armour não é muito conhecida no Brasil, mas é mega querida nas terras do Tio Sam e já preocupa muitos executivos como os CEOs da Nike e Adidas.

Para tornar-se mais conhecida na terra de Pelé, a Urban Armour assinou com o São Paulo Futebol Clube para desenvolver e produzir as novas camisas do time.

Voltamos à Gisele…

O efeito Gisele foi, inclusive, medido em um estudo realizado pelo economista americano Fred Fuld, especialista em finanças e no mercado de ações, que identificou um melhor desempenho na valorização das ações das empresas que associam sua imagem ao rosto de Bündchen, criando o: Gisele Bündchen Stock Index. De acordo com Fuld, o “Gisele Bündchen Stock Index” teve uma valorização de 15% durante o intervalo entre Maio e Julho de 2007, superando substancialmente o “Dow Jones Industrial Average”, que tinha crescido 8,2%. Para quem não se lembra, 2007 foi ano da quebra do banco Lehman Brothers, que deu início à crise mundial.

É óbvio que não é apenas por ser bonita que ela causa tanto assim.

Gisele não é uma bitch – muito pelo contrário – ela não se envolve em polêmicas. Mulher dedicada, empenhada e extremamente profissional. Ela encantou o mundo fashion com suas curvas e se tornou a única Über* model, muito além de uma top.

* Über (com trema) é uma palavra alemã que significa “sobre”, “por cima de”, “acima de”, “além”

Anna Wintour, a eterna editora-chefe da Vogue América, não resistiu ao charme de nossa Gisele e quando a viu na passarela apontou: a volta da modelo sexy e saudável. E assim Gisele conseguiu sua primeira capa na Vogue America, com título: “Retorno da modelo Sexy”.

Apesar de eu não ser muito fã da Vogue America, eu acho que Vogue Brasil da de 10 a zero na do Tio Sam (polêmica, me julguem). Porém, no quesito IMPORTÂNCIA, é inegável o que a capa da Vogue América faz na carreira de qualquer pessoa.

“Você consegue construir uma carreira quando é capa da ‘Vogue’, um trampolim” – Frase proferida por nada menos que Naomi Campbell, na ocasião ela comentava a capa de Kim Kardashian.

11 a cada 10 pessoas que tiveram contato com Gisele falam do seu profissionalismo. Eu acredito que esse é o diferencial que a fez ser um mega case de sucesso. Eu me lembro de uma entrevista que ela concedeu – se eu não me engano pro Fantástico, faz alguns anos – e o entrevistador pediu para ela dar uma dica para quem estava começando. Não lembro exatamente as palavras, mas ela foi clara quanto ao profissionalismo: “chegue antes da hora marcada, nunca se atrase, chegue com a cara boa, nunca chegue com cara de balada, entre outras coisas.” – simplesmente arrasou.

Nunca a vi desfilando, mas todos dizem que existe uma magia, um magnetismo, uma energia inexplicável que faz a atenção de todos voltar-se a ela. E eu não duvido disso, a mulher causa um mega frisson.

Qualquer campanha estrelada por ela é sucesso. Podemos dizer que ela se tornou uma das maiores vendedoras do planeta.

“Na verdade, a moça leva duas carreiras simultâneas. Nos Estados Unidos sua imagem está associada a marcas de luxo, enquanto que no Brasil ela trabalha como garota-propaganda de lojas populares e inúmeros produtos de consumo.
E como vende essa mulher. Não é à toa que até fabricantes de remédios para resfriado sonham em tê-la em seus anúncios.” –  Tony Goes, em sua coluna na seção F5 da Folha Online de 16/04/2015.

Para não ser repetitiva e dizer coisas que já foram ditas, vou deixar aqui um link que fala muito bem sobre o profissionalismo e o case Gisele Bündchen. Vale muito a pena a leitura, pois mostra que o sucesso de Gisele vai muito além do seu belo rosto somado ao corpo escultural.

Para justificar sua despedida das passarelas, Gisele diz ter mudado suas prioridades depois de ter se tornado mãe, não é uma exclusividade da über, todas as mulheres que se tornaram mães relatam exatamente a mesma coisa.

“Desde que me tornei mãe muitas coisas mudaram, minhas prioridades mudaram… Eles crescem tão rápido e você vai perdendo aqueles momentos que você não quer perder” argumenta, “O desfile é uma coisa que te tira muito da família. Foto você ainda pode fazer na sua cidade, é uma coisa que você controla mais. Mas o desfile, você tem que realmente estar viajando mais”, acrescenta Gisele em entrevista para o Fantástico.

Super explicado – e espero que entendido.

Vi uma verdadeira comoção nas redes sociais. É claro que Gisele é única, mas people, ela não vai sumir do mundo fashion! A sua saída estratégica das passarelas é para dar lugar para uma nova estrela brilhar, vamos ser otimistas.

Aliás, ela renovou o contrato com a Colcci, vai estrelar mais duas campanhas da marca, então não há motivos para tanto histerismo- e ela mesma disse que não está se aposentando: – “Eu vou me aposentar no dia em que eu morrer, porque eu amo trabalhar, eu amo criar —e tem tanta coisa que eu quero descobrir ainda e fazer. Só que esses 20 anos de passarela, eu senti no meu coração que era o momento certo, era o marco certo pra eu largar essa parte. Com certeza eu passo mais tempo no Brasil agora. Com isso eu já estou me sentindo muito feliz!”

E nós também.