Ter a liberdade de escolher o que quer parece algo óbvio e que todo mundo sabe, mas a realidade é outra e por diversas vezes a gente faz apenas o que é considerado ‘normal’, ou mesmo simplesmente por ser dentro do padrão.
Eu me lembro da minha adolescência, quando não era considerado normal usar roupas de menino, roupas que eu amava usar. Mesmo sendo o tipo de roupa que eu mais gostasse – e mesmo que isso não interferisse no que eu era – com o tempo eu comecei a usar vestidos e roupas consideradas corretas para uma menina. Desde jovem eu aprendi a passar por cima do meu gosto pessoal e do que eu achava, por causa da opinião dos outros e das imposições da sociedade – e tenho certeza que isso acontece com muita gente.
Com o tempo a gente se acostuma a ‘não ter’ escolha
Com o tempo é tão normal fazer o que é padrão, que a gente simplesmente esquece que o que importa é o nosso gosto e o que importa é o que a gente ama, mesmo que isso não seja o considerado perfeitamente padrão e o correto imposta. Basicamente a gente acha normal ser quase como um robô e não considerar o que a gente acha e quer de verdade.
Há tempos eu não pensava sobre isso, mas na segunda-feira algo foi tão libertador para mim, que eu simplesmente não quero mais não escolher o que gosto! Após anos sem comprar roupas, fui dar uma olhada no shopping e dentre as inúmeras peças que chamaram a minha atenção, estava uma calça de tecido molinho, linda e larguinha. A minha primeira reação foi pensar “uhm, calça larga? É mais comum usar calça coladinha, deixa pra lá”, mas dai pensei “por que não?”. Experimentei a calça é há anos eu não me sentia tão bem com uma calça, tão confortável e tão feliz!
A libertação
Eu sei que soa até meio exagerado, mas foi tão libertador eu me dar o direito de usar uma calça larguinha, que isso me fez pensar muito sobre tudo. Nós devemos usar o que gostamos, o que nos faz sentir bem. Quer um exemplo? Você ama listras horizontais, mas não usa porque dá a impressão de te deixar mais larga. Use o que gosta e use as listras horizontais, se for o caso. Usar o que nos faz bem faz uma diferença danada. É libertador usar o que nos faz feliz, usar o que a gente ama.
A tal calça para mim foi a calça da libertação, pois eu prometi a mim mesma que nunca mais vou usar o que não gosto e sempre vou usar o que eu amei de verdade, independente do que as pessoas acharem. Foi uma delícia comprar algo que me agradou e a minha felicidade ao usar a peça foi tão grande que não tem nem como quantificar.
Use o que te faz feliz!
O fato é que nós não podemos passar por cima do que nos agrada. Se o que nos agrada é diferente do padrão? Que sejamos diferentes, oras!
Tente pensar no que você faz porque gosta e o no que você faz porque é o ‘normal’ em nossa sociedade. Vai por mim que é uma reflexão que vale a pena.
7 Comments
Camila
19/09/2014 at 10:36Adorei o seu post, concordo plenamente que devamos usar o que nos faz bem, eu mesma, odeio salto alto e me desculpe sociedade que acha que toda mulher deve usar salto e que é mais elegante com ele, não concordo e uso e sou muito feliz com as minhas sapatilhas. Outro coisa é referente a sair de noite, por que todo mundo sai com roupa colada, curta e etc, eu saio de short e não são curtos, não gosto de nada me incomodando ou roupa q fica subindo, rsrs. Vamos lá pessoal, liberdade de escolha para todos.
Tatiana Michels
24/09/2014 at 20:47Oi Camila!
Que delícia conhecer mais alguém que não usa salto hahaha Eu só uso tênis e sapatilhas. Não uso salto desde 2003. Começou por causa do meu marido (na época namorado), pois temos a mesma altura. Com o tempo eu notei o quanto usar sapato baixo é confortável e que sofri com saltos por tanto tempo a toda. Hoje em dia não troco os meus sapatos confortáveis por nadinha hahahaha
A gente tem que sair com o que nos faz bem né? Isso de roupa colada me agonia, pois não tem como falar que é confortável né? Ou a gente se preocupa se está marcando algo, ou se está aparecendo a nossa lingerie e por ai vai – ou seja, não tem aquela sensação de liberdade de se sentir a vontade, de se divertir mesmo 🙁
Super beijo!
Jacque
24/09/2014 at 15:54Oi Tati..que saudaaade!!!
Pois é…sei bem como é isso…quem nunca né!
Eu AMO aquelas calças tipo bailarina estampadas sabe…amo mesmo e minha veia forrozeira se atiça quando vejo…
Tipo assim…http://www.dynamitebrazil.com/bailarina-c-2.html
Aí um tempo atrás comecei (eu mesma!rssr) com a nóia de que aquilo era brega e tals…mas imagina q eu ñ ia usar mais as calças q eu tanto amo! E além do mais são suuuper confortáveis…To nem aí, continuo usando e tô torcendo pro calor chegar logo pra eu voltar a usar! haahuahuahau
Como a gente é boba as vezes né…rsr
Bjão flor, até mais 😉
Tatiana Michels
24/09/2014 at 20:45Saudade de você Jacque!
Olha, super entendo essa sensação de se auto podar e parar de usar algo. Foi assim comigo com as roupas mais masculinas. Hoje em dia eu me visto como mocinha ainda, mas me permito usar o que eu quero – aos poucos estou me adaptando à essa liberdade que a gente tem, só não sabe.
Ahhh eu AMAVA calça bailarina quando eu era mais nova. Lembro que quando eu tinha uns 12 anos ela foi febre. Eu tinha uma azul marinho e uma preta *-* Use feliz da vida Jacque, ainda mais estampada, pois basta colocar uma blusinha neutra e já está prontinha, acho super legal roupa estampada por isso.
Super beijo lindona!
Jacque
25/09/2014 at 11:03Ai Tati, nem me fala…essas calças super práticas, põe uma blusinha e uma sandalinha/rasteirinha…tá pronto! Adoro…ahuahauaha
Vi vc comentando com a outra leitora sobre salto….eu sempre fui escrava dos saltos altos pois sou mto baixinha (1,55!) e usava mto sandália anabela e nem cogitava a hipótese de usar uma sapatilha…achava feio, sem graça e tals…ate o dia que resolvi experimentar e comprar uma! Pra q?! Hahuahauahuaah
Comprei sapatilhas e botas todas sem alto…ainda uso meus saltinhos mas só em ocasiões especiais mesmo! rsrs
Bjão 😉
Maria Helena
01/10/2014 at 00:21Esse post me fez lembrar algo que ouvi uns anos atrás, quando eu apenas imaginava como seria a passagem dos 20 para os trinta anos. Uma pessoa muito sábia me disse assim “depois dos trinta é que você vai ser exatamente do jeito que você é”. Pura verdade, isso vale para tudo estilo, escolhas profissionais, relacionamentos ,etc… Você se sente mais livre para fazer aquilo que você quer e ponto… sem nem cogitar no que os outros estão pensando ou se tal ou qual está na moda…
Adorei o post!!
Tatiana Michels
01/10/2014 at 18:57Oi Maria Helena!
Conforme a gente envelhece a gente aprende que não deve ligar tanto para o que os outros acham. Quando eu comecei a perceber isso, me fez um bem tão grande, que deu um aperto no peito não ter percebido que eu posso sim, fazer tudo o que eu quero hahaha
Um beijo enorme!