9 In Corpo e Rosto

MEMÓRIA X PESO: Qual a relação entre eles?

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Nesse post vou abordar um tema relacionado com o bem- estar físico, funcional. Estive lendo sobre a relação que existe entre o peso corporal e a memória. Arrisco-me a deduzir que vocês possam vir a gostar do assunto. Então, vamos lá:

O que teria a ver com as nossas lembranças alguns quilinhos a mais? A princípio parece que nada, mas estudos revelam que sim. Peso em excesso e memória estão intimamente relacionados.

nullO excesso de tecido gorduroso ou adiposo, principalmente barriga, interfere no processo da memorização porque essas células gordurosas não se traduzem a apenas a estocar energia. Existe uma produção de moléculas que irão interferir em outros órgãos e entre eles está o cérebro. Na obesidade se dá a liberação de substâncias que favorecem uma inflamação crônica e com isso o aparecimento da demência. Além disso, se o corpo está acima do peso ideal o aproveitamento de dois hormônios é dificultado: a insulina e a leptina. A insulina transporta o açúcar para dentro dos neurônios e os abastece com energia. A leptina  avisa, dá o comando de quanto o corpo está precisando de alimentos.  Ela estabelece um efeito neuroprotetor  e participa do processamento da memória em uma região específica no cérebro, o hipocampo.

Quando esses hormônios não funcionam como deveriam, o cérebro também não funciona.

Em um esquema básico pode-se entender mais sucintamente o que acontece:

1- Uma sobrecarga no depósito de gordura libera substâncias inflamatórias na circulação, que por sua vez atrapalham a comunicação entre os neurônios, prejudicando o cérebro e propiciando falhas na memória.

2- Costumeiramente o peso excessivo está por trás da resistência à insulina. Com isso, ocorre um distúrbio na oferta de açúcar para as células. Os neurônios sem glicose ficam sem energia e o processo da memorização fica prejudicado.

3- O tecido adiposo produz leptina a mais que cai na corrente sanguínea, mas os receptores da leptina, localizados no hipocampo, área vital da memorização, se apresentam com dificuldade para captá-la. Resultando disso uma menor capacidade para reter as lembranças.

4- Gordura além da conta estimula a arteriosclerose que é o entupimento dos vasos. Assim, o fluxo de sangue, oxigênio e nutrientes até o cérebro fica diminuído e a memória prejudicada.

5- Se as artérias não conseguem abastecer o cérebro como deveriam, devido ao menor fluxo sanguíneo ocorre a degeneração das células nervosas e conseqüente  danos que propiciam o esquecimento.

nullSolução para isso? Basicamente uma alimentação equilibrada e exercício físico. Não se enganem, deixando esses cuidados para depois de “certa idade”.  Isso tende a piorar a situação, pois é muito difícil mudar hábitos quando se está na faixa dos 40 anos em diante. Igualmente, o cuidado desde cedo com a alimentação, com o exercício físico e hábitos saudáveis farão uma enorme diferença posterior, quando a idade avançar e os processos corporais não corresponderem mais da mesma forma que quando se tinha vinte e poucos anos de idade.

CALIBRANDO A MEMÓRIA

Outra maneira de dar uma calibrada na memória é trabalhar com o cérebro. Palavras cruzadas, baralho, jogos em geral. Enfim, qualquer atividade que faça a massa cinzenta trabalhar. Aprender uma nova língua é uma das melhores atividades para o estímulo cerebral. Isso porque o cérebro se vê obrigado a criar novas sinapses, reforçando as conexões entre os neurônios. Com isso o lucro é um raciocínio mais rápido e uma memória reforçada, mais livre de esquecimentos.

Peso ideal ao longo da vida é o segredo de uma série de benefícios tanto para beleza como um todo, quanto para o funcionamento ideal de todo organismo.

Lucramos? Certamente que sim. Afinal, saúde é fundamental.

Ah, “não esquecendo”: a pele também agradece!

Boas energias e até o próximo post!

Referência de pesquisa:

– Exemplar de Agosto 2010 da “Saúde é vital”, Seção Medicina

Alert Life Sciences Computing
Minha Vida

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Tânia Zimermann é colunista do Passaneura. Sua coluna pode ser conferida quinzenalmente às terças-feiras!

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9 Comments

  • Reply
    Vikamila
    23/11/2010 at 10:09

    Nossa, por isso que estou esquecida…
    irei me cuidar! Obrigada pela dica, linda!
    Bju

    • Reply
      Tânia
      24/11/2010 at 00:56

      Obrigada pela participação! Beijo!

  • Reply
    Samantha Abreu
    23/11/2010 at 12:06

    Xiiiiiiiiiiii será que é por isso que tô meio esquecida ultimamente? shasuahsua
    Bem vale a dica!!!

    bjks

    • Reply
      Tânia
      24/11/2010 at 01:01

      Pode não ser apenas essa questão, Samantha. Na vida corrida e atropelada dos dias atuais a ansiedade e a falta de tempo e de descanso físico e mantal, também altera funcionamento do corpo.
      Beijos!

  • Reply
    Dine Maiochi
    23/11/2010 at 14:19

    Parabéns pelo post, adorei.
    Nunca imaginei que o peso tivesse alguma relação com “falta de memória”. Com certeza, esse é mais um ponto que nos fará cuidarmos mais da alimentação e praticar exercícios físicos.
    beijo

    • Reply
      Tânia
      24/11/2010 at 01:02

      Obrigada, Dine! Que bom você ter gostado.
      Beijos!

  • Reply
    Rêh
    23/11/2010 at 19:36

    Eu, como bióloga, achei esse artigo interessantíssimo…
    Sabia de todas essas consequêcias, e achei que ficaram muito bem expressas aqui para pessoas leigas!
    Parabéns

    • Reply
      Tânia
      24/11/2010 at 00:54

      Que bom Rêh! A idéia é essa, poder informar de maneira a passar uma idéia geral e de fácil compreensão para não tornar a leitura enfadonha.
      Obrigada por sua participação!

  • Reply
    Paula
    26/11/2010 at 09:48

    Apenas uma correção: o tecido nervoso não é insulino-dependente, por isso a resistência insulínica não afeta neurônios!!! na verdade a principal consequencia da RI é a hiperglicemia que pode levar a um diabetes tipo2 e ai sim causar danos neurais.

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